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Posição do PT é inequívoca pelo Fora Temer e por eleições diretas

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), reforçou nesta segunda-feira (31) a postura do partido pelo “Fora Temer” e pelas “Diretas Já”. Durante entrevista coletiva, ele refutou qualquer possibilidade de deixar Michel Temer ocupar por mais tempo a Presidência da República. “Não existe essa história de deixar Temer sangrar, porque o Temer sangrando é prejudicial ao povo brasileiro”, afirmou.

Zarattini disse ainda que o fim imediato desse governo precisa ser acompanhado da antecipação de eleições diretas, para que o ilegítimo Temer seja substituído por um presidente eleito pela população. “Portanto, a posição do PT é inequívoca, temos clareza sobre isso e vamos reafirmá-la durante todos os momentos”, detalhou. Segundo o líder petista, a intenção da bancada é definir nesta terça-feira (1º) a tática que será usada em plenário.

A votação acerca do prosseguimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva está marcada para quarta-feira (2). Caso os deputados acatem a continuidade da investigação, Temer será afastado do cargo que ocupa ilegitimamente desde maio do ano passado. “A cada dia, ele prejudica mais a população. Estamos vendo um verdadeiro desgoverno no País, com uma situação fiscal calamitosa. O orçamento de vários ministérios e de várias atividades vai se encerrar em setembro, e muitas ações não terão prosseguimento”, denunciou o líder.

Ele lembrou ainda que os líderes da oposição na Câmara se reúnem nesta terça-feira para elaborar a estratégia unificada para a votação. “Vamos definir uma tática que nos dê condições de alcançar uma vitória no sentido do afastamento do presidente da República. Qual será essa tática? Vamos defini-la ao longo do dia, vamos observar também a estratégia do governo e vamos chegar a um posicionamento”, explicou.

Discordância – Carlos Zarattini detalhou que a Bancada do PT também vai questionar pontos do rito definido pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para o processo de votação. O primeiro questionamento é sobre a possibilidade de encerrar a discussão com a manifestação de apenas quarto oradores. “Não é possível que esse tema tenha uma discussão mais ampla numa comissão do que no próprio plenário”, afirmou fazendo referência ao debate ocorrido anteriormente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Um segundo ponto de discordância se refere à impossibilidade da manifestação das líderes partidários em seu tempo regimental, que, segundo o rito definido, será apenas de um minuto para encaminhamento.

O terceiro item a ser questionado, de acordo com Zarattini, é o fato de Rodrigo Maia haver definido que a votação começará com 342 deputados em plenário. “Isso é um verdadeiro absurdo, porque 342 deputados em plenário significa evidentemente que não haverá quórum para o afastamento do presidente. Se apenas um deputado votar a favor de Temer e 341 votarem contra, isso significa que não haverá quórum para o afastamento”.

Fonte: PT na Câmara

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