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Festival Lula Livre mobiliza arte e cultura no DF e Entorno

Artistas e ativistas culturais do Distrito Federal e Entorno decidiram ir onde o povo está com atividades de mobilização popular inspiradas no Festival Lula Livre convocado para o dia 28 de julho, no Rio de Janeiro, pelos cantores Chico Buarque e Martinho da Vila, pela atriz Lucélia Santos, pelo teólogo Leonardo Boff e pelo jornalista e escritor Eric Nepomuceno.

No Distrito Federal, serão realizados três atos culturais sintonizados com os propósitos do Festival Lula Livre: mobilizar artistas e todos os setores democráticos da sociedade em uma frente ampla e irrestrita, para exigir justiça e a imediata libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defender o direito de milhões brasileiros que nele desejam votar, novamente.

A estratégia de mobilização no Distrito Federal e Entorno foi definida em plenária suprapartidária realizada na noite de quinta-feira, dia 28, na sede do PT-DF.

No dia 21 de julho, o ato cultural Lula Livre será em Ceilândia. No dia seguinte, 22 de julho, será em São Sebastião. O ciclo será encerrado no dia 27 de julho, com grande ato Plano Piloto – SCS – Canteiro Central.

As atividades ficarão a cargo de comitês organizativos distintos, definidos por cada uma das regiões. Interessados poderão se voluntariar enviando mensagem para 98581-5899.

Além de levar o movimento Lula Livre para as ruas no DF, os artistas e ativistas culturais organizarão também a caravana de Brasília para o festival do dia 28 de junho, no Rio de Janeiro.

Na convocatória para o Festival Lula Livre, nos Arcos da Lapa, centro do Rio de Janeiro, os artistas afirmam que “pedir a imediata libertação de Luiz Inácio Lula da Silva não significa apenas um gesto de solidariedade ao mais popular presidente deste nosso país. Significa também um gesto de solidariedade a todos nós, brasileiros e brasileiras. Um gesto de exigência para que se respeite a Justiça, pilar básico de qualquer sistema minimamente democrático”.

Manifesto de Brasília

A plenária suprapartidária da arte e da cultura do DF e Entorno aprovou também o manifesto de Brasília, para o qual serão colhidas assinaturas de adesão.

“…nós, trabalhadores e trabalhadoras das artes e da cultura no Distrito Federal, reunimos as forças da rebeldia e convocamos todos os setores democráticos da sociedade para, numa frente ampla da Cultura, fazermos a resistência ao arbítrio e à injustiça”, diz o documento.

Confira, a seguir, a íntegra do Manifesto de Brasília:

 

DF e Entorno por Lula Livre

Diante do cenário de exceção e de iniquidades que abatem a democracia em nosso país, nós, trabalhadores e trabalhadoras das artes e da cultura no DF e Entorno, reunimos as forças da rebeldia e convocamos todos os setores democráticos da sociedade para, numa frente ampla da Cultura, fazermos a resistência ao arbítrio e à injustiça.

A perseguição sofrida pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva traduz o momento histórico em que volta a prevalecer o Estado de exceção no Brasil.

Todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites. Não havia, na primeira instância – leia-se Curitiba –, uma única e mísera prova dos crimes dos quais ele foi acusado.

As arbitrariedades do processo que ainda hoje penalizam o único presidente oriundo das classes trabalhadores que o país já teve não são meras opiniões de partidários, mas foram fartamente denunciadas por juristas, professores, pesquisadores e líderes brasileiros e mundiais.

O mesmo se deu na segunda instância, o TRF-4, onde prevaleceu a ausência de provas, demonstrando que se tratou claramente de manobra jurídica, armada e efetivada diante da complacência de todas as demais instâncias.

Também no âmbito do STF se manifestam as chicanas jurídicas com o propósito de isolar o ex-presidente no cárcere e tirar o seu direito de ser candidato à Presidência da República em outubro deste ano. Primeiro, a presidenta do STF, Carmem Lúcia, reuniu-se com os donos da Globo e decidiu não colocar em votação as ações que questionam a constitucionalidade da prisão sem trânsito em julgado. Agora, o relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, age para evitar que a Segunda Turma do STF julgue recurso que pode levar à libertação do ex-presidente.

Tudo somado, resta evidente a condição de PRESO POLÍTICO enfrentada por Lula.

É inadmissível o uso ostensivo do Judiciário como instrumento do jogo político que visa tirar Luís Inácio Lula da Silva das eleições. Mais absurdo ainda é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça.

Com o país à deriva, com o crescente aumento dos riscos de naufrágio, é imperioso retomar, com urgência, o rumo da normalidade. E essa caminhada só se dará com a libertação de Lula e com a realização de eleições efetivamente livres e representativas da vontade popular.

Em defesa da democracia e pelo Brasil, Lula livre, Lula candidato. E que a democracia ressurja e floresça.

 

Aberto a adesões, o manifesto foi lançado com os seguintes signatários:

Dora Galesso – Pianista e compositora

Sóter – Poeta

Cleison Batá – Músico

Tiago Mória – Compositor

Sheila Campos – Atriz

Cleo Street – Hip Hop

Eduardo Rangel – Cantor

Adriano Rocha – Cantor

Ocelo Mendonça – Músico

Joaquim França – Maestro

Sérgio Fonseca – Músico

Fred Brasiliense – Músico e fotógrafo

Ticho Lavenère – Músico

Ytto Morais – Músico

Cristina Roberto – Ativista cultural

Claudinei Pirelli – Produtor

Márcio Apolinário – Ativista cultural

Célio Paulo – Ativista cultural

Magelinha – Ativista cultural

Fernando Djavan – Sarau Ponta da Asa

Maria Félix – Ativista cultural

Osni Calixto – Ativista cultural

Vanessa Dias – Ativista cultural

Elenilde Maria – Ativista cultural

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