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Muda o presidente, segue a luta classista da CUT Brasília. Central se mobiliza para o Dia do Basta à reforma trabalhista

Dirigente sindical oriundo da categoria dos professores, Rodrigo Rodrigues assumiu no dia 7 de junho a presidência da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal – comumente designada CUT Brasília – em substituição ao bancário Rodrigo Brito, que se afasta do cargo para concorrer a mandato de deputado distrital nas eleições de outubro deste ano.

Rodrigues logo adianta que está interinamente na presidência da CUT Brasília. Sua observação diz mais de sua admiração pela pessoa e pela trajetória de Rodrigo Brito como presidente da Central já em segundo mandato e com grande legado para a organização e a luta dos trabalhadores do Distrito Federal do que da possibilidade de retorno do titular.

“Por sua entrega ao movimento sindical em todos esses anos, por sua liderança e por sua capacidade de somar forças com os movimentos sociais, seja como diretor e depois presidente do Sindicato dos Bancários e, nesse último período, como presidente da CUT Brasília, estou certo de que o companheiro Rodrigo Brito terá êxito nesse novo desafio como candidato a deputado distrital, mas a minha condição não deixa de ser a de presidente interino”, explica o dirigente.

O mandato no qual Rodrigo Rodrigues assume como presidente interino se encerra em meados de 2019, o que significa que ele deverá conduzir a Central nessa condição por praticamente um ano. Aos 40 anos de idade, ele é professor de história da rede pública e exerceu atividade em sala de aula no Paranoá e no Itapuã. Lecionou também na rede privada. Nascido em Goiânia (GO), morou em Araguari (MG) e chegou a Brasília em 1990. Foi diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro) entre 2010 e 2013. Sua categoria tem cerca de 46 mil trabalhadores na base.

O novo presidente da CUT Brasília, décimo primeiro a ocupar o cargo desde 1984, se propõe a dedicar toda a sua energia ao desafio de conduzir a Central à altura de seu histórico de lutas, com atuação classista e vinculada às causas do conjunto dos trabalhadores do Distrito Federal e Entorno, em estreita relação e parceria com os movimentos populares.

Dia do Basta

Na agenda de mobilizações da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues destaca a preparação do Dia do Basta, em 10 de agosto, contra a implementação dos dispositivos da reforma trabalhista nos acordos coletivos de trabalho. A organização desse dia nacional de mobilização envolve todas as demais centrais sindicais.

No dia 30 de junho, a direção da CUT Brasília se reúne com dirigentes dos sindicatos de sua base para definir ações de preparação e de mobilização dos trabalhadores do Distrito Federal para o ato de 10 de agosto na Esplanada dos Ministérios.

Congresso do Povo

A Frente Brasil Popular integrada pela CUT – em âmbito nacional e regional – realizará ainda este ano o Congresso do Povo, com indicativo para o mês de novembro. O congresso definirá ações de enfrentamento ao golpe em curso no país contra as conquistas sociais do povo brasileiro, contra os direitos dos trabalhadores e contra a soberania da Nação.

O Congresso do Povo de âmbito nacional será precedido de congressos regionais. No dia 8 de setembro, a Frente Brasil Popular realizará o Congresso do Povo do Distrito Federal e Entorno. As deliberações desses congressos regionais serão apresentadas aos candidatos do campo popular que disputarão às eleições de outubro, para que sejam incorporadas às suas plataformas.

Campanha Brasil Forte

Para o enfrentamento aos retrocessos instaurados no país, a CUT Nacional lançou também a campanha Brasil Forte: Serviço Público e Estatais de Qualidade, na qual a CUT Brasília estará envolvida no próximo período.

A mobilização foi deflagrada no dia 20 de junho em debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, que contou com a participação de trabalhadores, entidades sindicais, parlamentares e movimentos sociais.

Serão realizadas plenárias regionais por todo país para discutir o tema. As ações estão previstas parar ocorrer em junho e julho, e culminarão em um grande protesto que será organizado em conjunto.

A luta em defesa do serviço público e das estatais foca três pontos importantes: o combate contra Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos em saúde e educação por 20 anos; o enfrentamento às privatizações; e a resistência contínua em defesa de um serviço público de qualidade.

Para Rodrigo Rodrigues, essa é uma campanha que se contrapõe frontalmente também ao que o governo Rollemberg executa no Distrito Federal, praticamente uma cópia do que Michel Temer faz em âmbito federal. O presidente da CUT Brasília lembra que a renegociação de dívidas dos estados com arrocho salarial e corte nos investimentos em áreas sociais como contrapartida ao governo federal contou com forte empenho do governador do DF.

São citados por Rodrigues como exemplos de desmonte dos serviços públicos no Distrito Federal a criação do Instituto Hospital de Base e a implantação de Organizações Sociais (OS) para gestão privada no setor público. O dirigente cita ainda o uso do fundo de previdência dos servidores do GDF em manobra associada a ajuste fiscal.

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