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1º de maio é marcado pela defesa do direito de sonhar e a resistência ao ódio

1º de maio é marcado pela defesa do direito de sonhar e a resistência ao ódio

Uma faixa enorme com as figuras de Marielle e Lula estampou o palco principal do 1º de maio realizado pela CUT Brasília. Lado a lado, a vereadora negra e da favela e o metalúrgico nordestino que se tornou presidente e tirou milhares de pessoas da miséria deram o tom de um Dia do Trabalhador que, pela primeira vez em décadas, é realizado com a existência de uma CLT falida, com a volta da fome, do desemprego desenfreado, da opressão pungente. Mas também um 1º de maio que mostra a unidade contra os ataques vindos com o golpe de 2016 e, principalmente, a força e a determinação do povo em reconstruir o Brasil.

“Quando no ano passado rasgaram a CLT, rasgaram os direitos da classe trabalhadora com a nova legislação trabalhista. Então, marcam este 1º de maio o retrocesso, o desemprego. É um 1º de maio onde vários trabalhadores e várias trabalhadoras estão sendo penalizados. E nós temos que estar em luta constante para reconquistar esses sonhos, o que passa pela luta contra a criminalização dos movimentos sociais e sindical, contra o extermínio de companheiros e companheiras que lutam pelas causas sociais, e passa também pela defesa da liberdade de Lula e pelo direito de ele ser candidato à presidência em 2018, porque Lula significa o sonho de milhões de brasileiros e brasileiras”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. “Nós, sonhando juntos, temos condições de fazer com que uma sociedade igualitária, com justiça social, igualdade de direitos e oportunidades, distribuição de renda, possa se tornar realidade”.

Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília

A movimentação no estacionamento da Funarte, onde foi montada a estrutura do 1º de maio da CUT, foi grande. E avermelhada. Praticamente todas as pessoas que compareceram ao espaço traziam estampada em suas camisas de tecido vermelho a figura de Lula. Cartazes, falas e cartas também mostravam a admiração a uma das maiores lideranças populares do planeta.

“Em 1970, eu escrevi uma carta para uma presa política, Germana Figueiredo. Pensei que nunca mais fosse escrever novamente para um preso político, ainda mais sendo esse preso Lula. Contei a ele (Lula) isso na minha carta, e pedi também que tenha força, pois estamos todos lutando por sua liberdade”, disse a professora aposentada, Beth Ernest Dias. Ela foi uma das centenas de pessoas que utilizou o espaço organizado pela CUT Brasília para escrever cartas ao presidente.

Espaço destinado para escrever cartas a Lula

Parlamentares também participaram do 1º de maio da CUT Brasília. Para o deputado distrital Wasny de Roure (PT), que lembrou que a luta também é contra o governo Rollemberg, “a resposta aos golpistas é a luta e a unidade da esquerda”. Já a federal Erika Kokay, também petista, lembrou que “outrora a luta pelos trabalhadores de Chicago era pela dignidade de ter seu próprio tempo. Hoje, a luta é pelo direito de sonhar”.

“O povo brasileiro continua de pé, continua na luta e vai continuar resistindo nas ruas e nas urnas”, deu o recado o dirigente da CUT Brasília, Yuri Soares.

Deputada federal Erika Kokay (PT-DF)

Representantes de movimentos sociais engrossaram o 1º de maio da CUT Brasília e explicaram o porquê da defesa de Lula. “O MPA, assim como todos os movimentos sociais, está defendendo Lula porque é ele que defende o trabalhador. E é nosso dever defender quem nos defende, para não sermos escravizados pela burguesia nacional e estrangeira, sermos escravizados pelo imperialismo”, disse Jhonatan Tabaldi, Movimento dos Pequenos Agricultores. Representando a juventude, Sara Lindalva, da União Nacional dos Estudantes (UNE), explicou: “Hoje, a luta em defesa dos nossos direitos passa pela luta pela defesa da liberdade de Lula. Não há outra saída para o nosso país além de Lula livre, Lula presidente, para que ele possa chamar uma constituinte, que revogue as medidas dos golpistas e abra caminho para as necessárias reformas populares. A juventude hoje luta por um futuro, e o nosso futuro só será possível se elegermos o Lula presidente”.

De acordo Antônio Lisboa, dirigente da CUT Nacional, o apoio à Lula é internacional. “Mais de 40 países realizaram atos em defesa de Lula no dia 23 de abril. A classe trabalhadora mundial sabe da importância dele para a liberdade dos mais pobres, para a soberania dos povos, para a superação do neoliberalismo. Hoje, trazemos luta e tristeza, mas também energia para garantir um país justo para todos e todas”, discursou na atividade realizada pela CUT Brasília.

Fonte: CUT Brasília

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