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Em nota, Erika Kokay repudia ataque fundamentalista à política cultural LGBT do DF

Nota em repúdio a mais um ataque fundamentalista contra direitos LGBT no DF

Erika Kokay*

Em mais uma demonstração de ódio e preconceito, a bancada fundamentalista religiosa da Câmara Legislativa do Distrito Federal coloca-se como um entrave para o avanço das políticas voltadas para LGBTs no DF. Em nome de uma suposta defesa do “direito das famílias brasilienses” a bancada ataca e tenta pôr fim à iniciativa da Secretaria de Cultura do Distrito Federal de instituir a Política Cultural LGBT, a qual tem o intuito de fortalecer, valorizar e fomentar a cultura de um importante segmento da sociedade no DF.

É louvável a iniciativa da secretária de Cultura de colocar a temática da democracia, dos direitos humanos, da diversidade e do pluralismo cultural no centro das políticas públicas culturais do DF.

Não podemos sucumbir a mais uma investida fundamentalista, de parlamentares que se valem do poder legislativo para impedir o avanço de legislações e de políticas públicas que promovam a cidadania e os direitos da comunidade LGBT.

Em uma atitude deliberadamente persecutória, tal qual àquela que golpeou a regulamentação da Lei anti-homofobia no DF, os fundamentalistas mais uma vez hierarquizam seres humanos, rompem com a laicidade do Estado e negam todos os modos de ser e de estar no mundo que não sejam aqueles que coadunam com suas crenças e valores.

Nos colocaremos de pé contra mais um retrocesso emanado de um grupo do legislativo local, que do alto do seu autoritarismo e intolerância, coloca-se numa verdadeira cruzada contra todo e qualquer tipo de iniciativa que valorize e reconheça a comunidade LGBT.

É preciso resistir contra o ódio LGBTfóbico. Em nome de Deus e da família não se pode capturar instituições e se utilizar de mandatos parlamentares para perseguir e institucionalizar a violência. Cada vez mais é necessário reafirmar que o discurso fundamentalista se transforma em balas, hematomas e mortes, fazendo do Brasil um dos países mais perigosos e violentos contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros.

*Erika Kokay é vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e Coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT 

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