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Trabalho de base é arma para afundar reforma trabalhista

Em novembro começa a valer a lei 13.467/2017, que estabelece a reforma trabalhista idealizada pelo golpista Michel Temer. Entretanto, o fato de já ter sido aprovada pelo Congresso Nacional não tirou o ânimo dos trabalhadores para revogar a lei. Durante o Ciclo de Seminário da CUT Brasília “Reforma Trabalhista: O golpe é contra você!”, realizado nesta segunda-feira (14), foi afirmado que uma das principais ferramentas para reagir à reforma são a formação e o trabalho de base.

“Não reconhecemos a reforma e vamos resistir fortemente contra essa medida. O melhor meio de comunicação para sensibilização e conscientização do trabalhador é a conversa cara a cara, o trabalho de base”, disse a secretária de Relações de Trabalho da CUT Nacional, Graça Costa.

Segundo Graça, a CUT prepara um projeto de inciativa popular para revogar a reforma e propor a modernização das relações de trabalho sem atingir o trabalhador. A proposta será levada às bases para coleta de assinaturas. “Precisamos construir uma legislação que modernize as relações de trabalho, ampliando a proteção do trabalhador”, afirmou.

O ponto de vista de Graça Costa foi compartilhado pelo presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. “Devemos levar o debate da reforma trabalhista adiante, para assim, mantermos nossos trabalhadores sempre atentos e mobilizados contra qualquer retirada de direitos”, destacou.

Já o secretário de assuntos jurídicos da CUT Nacional, Valeir Ertle, apontou que os sindicatos deverão reagir à realidade com unificação e atuação em sinergia com os trabalhadores. “Precisamos orientar nossas categorias para o enfrentamento. Só não vai haver ataques aos direitos trabalhistas se os trabalhadores estiverem juntos, com o mesmo proposito.”

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que também participou do ciclo de seminários sobre a reforma trabalhista, alertou para a importância de “antes de tudo, resgatar a esperança dos trabalhadores e mostrar que a ação popular pode mudar essa triste realidade”. “Esses que estão ai no poder são, além de usurpadores de direitos, usurpadores de esperança do povo”, disse. Ela foi assertiva ao afirmar que a reforma acaba de vez com as conquistas do trabalhador e eleva o nível da desigualdade social. A deputada aponta a unificação dos movimentos, formulação de conteúdo e formação da base como as principais armas de combate para o retrocesso.

O Ciclo de Seminário da CUT Brasília “Reforma Trabalhista: O golpe é contra você!”, continua no período da tarde. Representantes do Dieese, Diap e da Lobato Advocacia farão a apresentação da lei da reforma trabalhista. A segunda etapa do ciclo de Seminários será realizada no dia 21, com discussão sobre os impactos da reforma trabalhista nas organizações sindicais.

Fonte: CUT Brasília

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