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PT do Distrito Federal rejeita composição com Rollemberg

Há cerca de dois meses o governador Rodrigo Rollemberg convidou o presidente do PT,Roberto Policarpo, para uma conversa onde disse que estava empenhado em reagrupar as esquerdas de Brasília para, primeiro eleger a mesa diretora da Câmara Legislativa, depois, não deixar que a direita volte a governar a partir de 2018. Para isso disse que achava importante uma composição com o PT. Policarpo pediu um tempo e abriu um processo de consulta ao partido com plenárias zonais e setoriais, culminando com a reunião do diretório regional no último sábado, dia 19.

Na reunião, o PT do Distrito Federal reafirmou a sua posição de oposição ao governo Rollemberg. A decisão foi tomada após quatro horas de debates sobre a conjuntura local e os descaminhos do atual governo. A reunião contou com a presença dos três deputados distritais, Wasny de Roure, Chico Vigilante e Ricardo Vale, e de nomes importantes do partido como os ex-deputados Geraldo Magela e Pedro Celso, a ex-deputada Arlete Sampaio, ex-secretários e ex-administradores regionais do governo do PT.

O presidente do PT, Roberto Policarpo, abriu o encontro reafirmando que o partido deve permanecer na oposição mas precisa estar mais preparado e unido para isso. “Temos que fazer oposição ao GDF, mas sem nos descuidarmos da direita que também faz oposição e está bem organizada”, alertou. Ele disse que é preciso preparar o partido para disputar as eleições em 2018, inclusive sozinho se for o caso. O deputado Wasny, líder da bancada do PT na Câmara Legislativa fez também uma avaliação muito negativa do atual governo e disse que não vislumbra espaço para diálogo. “É fundamental retomarmos o diálogo com a sociedade”, sinalizou.

Para o deputado Chico Vigilante, nem vale a pena ficar avaliando o governo Rollemberg, porque não ele não existe. “O PT tem que discutir o futuro do DF independente de governo”, enfatizou. Ele disse que está muito animado com o PT e que ao andar pelas ruas e conversar com as pessoas, não vê a tal rejeição de que tanto falam. O deputado Ricardo Vale também concorda que o partido deve fazer “oposição firme ao governo Rollemberg e se preparar para disputar as eleições em 2018, sozinho”. Em relação à disputa pela direção da Câmara Legislativa, Ricardo Vale acha que o melhor candidato a presidente é Joe Valle e que o PT tem que participar do debate sobre a composição da mesa diretora.

Durante os debates foram apresentadas três propostas de resoluções políticas com análises da conjuntura local. As propostas serão fundidas e transformadas em uma só com indicação das principais tarefas as quais o partido deverá se dedicar a partir da agora. O PT já tinha posição firmada em relação ao governo de Brasília. A decisão de ficar na oposição foi tirada oficialmente no início de 2015, mas ainda havia quem duvidasse por causa de notícias veiculadas na mídia sobre encontros da bancada do partido com o governador. Encontros devidamente justificados já que os deputados do PT são constantemente acionados pelas categorias de servidores para intermediarem negociações trabalhistas. “A partir da decisão unanime do diretório não resta mais nenhuma dúvida: o PT do Distrito Federal é oposição ao governo e vai buscar diálogo com as categorias organizadas e com a população que vem sofrendo com a incompetência desse governo”, afirma Policarpo, presidente do partido.

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