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Ato Unificado Contra o Golpe

Cada trabalhador e trabalhadora que acorda cedo para ir à luta, ganhar o pão de cada dia, sabe que nenhuma conquista ou direito social lhes foram entregues pela generosidade do capital. São, muito pelo contrário, frutos de intensa organização e unidade de ação da classe trabalhadora.

Sabemos que o País precisa de ajustes, mas não concordamos em jogar a responsabilidade nas costas dos trabalhadores. E os rentistas? Os latifundiários? Os especuladores do mercado financeiro? Não é apenas desonesto onerar os trabalhadores e trabalhadoras. É desumano. Por isso que seguimos firmes na luta.

A reabertura democrática brasileira mal completou 30 anos e já é acossada pelas garras predatórias dos detentores do capital. Obrigados a engolirem a “Constituição Cidadã”, agora não disfarçam mais o
desconforto com um Brasil plural e inclusivo e rasgam-na sem pudores. Não nos enganam: por trás de toda a retórica moralizante da direita, está a tentativa de retirada de direitos e garantias da classe trabalhadora, além do enterro das conquistas sociais. Em face disso, o 1 de maio de 2016, Dia do Trabalhador, reveste-se de ainda mais significados.

Empurrado pelo ódio dos golpistas que tramam à luz do dia, o Brasil nunca esteve tão perto de sofrer tamanho retrocesso. Os conspiradores contra a Democracia têm nome: Eduardo Cunha e seu despachante, Michel Temer. A estes, juntam-se os derrotados das eleições de 2014 e uma bancada fisiológica e desconectada da realidade no Congresso Nacional. Com a atuação temerária de instituições da República e o ostensivo e irrestrito apoio da imprensa corporativa, urdiram o golpe contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

Os sabotadores não estão preocupados em “reerguer” o País. Eles querem mesmo é a manutenção de seus esquemas e privilégios. Prova disso são as alternativas que propõem, sempre protegendo banqueiros, empresários e industriais com políticas de arrocho da classe trabalhadora. Querem retirar direitos das domésticas, aprovar a terceirização sem limites e, pasmem, instituir um novo “Proer”, escandaloso socorro de grandes empresas privadas com dinheiro público.

As conquistas sociais também correm perigo. Basta pensarmos nos ataques a sedes de partidos e sindicatos. Os golpistas não respeitam as instâncias de representação popular e usariam o aparato policial do estado para reprimir com extrema violência as manifestações da classe trabalhadora. Assessores de Temer sugerem que ele use as Forças Armadas contra o povo. E estenderiam tal tratamento a quaisquer minorias, passando por cima de direitos duramente conquistados e ainda não plenamente gozados por segmentos historicamente marginalizados da população.

Daí a importância do Grande Ato Unificado neste 1° de maio. Capitaneado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, diversos movimentos sociais e partidos políticos do campo progressista vão se concentrar a partir das 10h deste domingo no estacionamento da Torre de TV para mostrar que não aceitam a redução de direitos nem a perda de garantias embarcadas no golpe que tentam desferir contra o Brasil. Golpistas e fascistas não passarão!

Roberto Policarpo
Presidente do PT/DF

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