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CONCESSÕES DE ROLLEMBERG PODEM CUSTAR CARO AOS MORADORES DO DISTRITO FEDERAL

Um governo socialista com práticas de governo neoliberal

 

O Governo do Distrito Federal já decidiu qual a linha que seguirá em suas ações durante os próximos anos. “O governador Rodrigo Rollemberg mostrou que as práticas do PSDB, já conhecidas pela população, chegaram para ficar no governo que se dizia socialista e as propostas de privatização dos equipamentos públicos estão em alta na atual gestão.”, segundo Roberto Policarpo, Presidente do PT/DF.

Concessões para exploração dos espaços públicos

 A população do Distrito Federal foi surpreendida com a notícia de que o atual governo daria início hoje ao Plano de concessões de exploração dos espaços públicos no DF. O governador do DF pretende conceder à iniciativa privada a exploração econômica de vários equipamentos e serviços de caráter público. Nos planos do governador está colocada a possibilidade de se fazer uma concessão pública do Jardim Zoológico de Brasília e do Parque da Cidade, por exemplo. O Zoológico é uma fundação pública, possui um corpo técnico e profissional de alto gabarito. São 150 servidores dedicados e concursados. Esses servidores fazem o atendimento ao público, do cuidado aos animais, da preservação e recuperação das instalações físicas do local e desenvolvem pesquisas acadêmicas importantes. O Zoo/DF recebe 550 mil visitantes por ano e para entrar no Zoológico da cidade hoje custa R$ 2,00 criança acima de 5 anos ou adulto. Crianças até 5 anos não pagam. Numa conta simples para arrecadar R$ 22 milhões, que é o valor das despesas anuais do Zoológico do DF, seria necessário cobrar uma entrada de R$ 40 por pessoa – criança ou adulto.

Já o Parque da Cidade, fundado em 1978, tem 420 hectares e é o 3º maior parque público do Brasil. O Parque da Cidade é um ambiente que tem a cara do brasiliense e conta com quadras de vôlei, futebol, basquete, pista de cooper para corrida e caminhadas, quiosques e restaurantes diversos, amplos estacionamentos e pavilhão para exposições ou feiras. A frequência ao parque é alta. Por ele passam 20 mil pessoas diariamente e 50 mil nos finais de semana.

Atualmente a entrada no parque é franca. Mas, o que está sendo proposto é a exploração econômica, que significa cobrar tarifa pelo o uso dos estacionamentos, pela utilização das quadras e áreas de lazer, como por exemplo das churrasqueiras.

Privatização das Empresas Públicas

 O Governo do Distrito Federal enviou para Câmara Legislativa o Projeto de Lei nº 467/2015, que permite ao governo a venda de ações de estatais, como Caesb, CEB e BRB. O tema foi debatido em audiência pública realizada pela bancada do PT, nesta quarta-feira (17).

Com a participação de vários deputados distritais, sindicalistas, servidores públicos e representantes do GDF os participantes da reunião lotaram o plenário e galeria da CLDF.

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Chico Vigilante, defendeu a retirada do projeto de lei enviado pelo Governo. “Não adianta o governador retirar apenas a urgência do projeto e deixar ele aqui em tramitação, como um espantalho ou fantasma, assustando a gente”, criticou. Os servidores e sindicalistas das estatais também exigem a retirada do projeto e rechaçaram a proposta defendida pelos representantes do GDF.

O diretor do BRB, Carlos Raposo, informou que, até o momento, a diretoria do banco não recebeu nenhum comunicado do governo a respeito da venda das ações da empresa.

Para o petista Ricardo Vale, é necessário muito cuidado com as empresas públicas. O parlamentar também defende a retirada do PL da pauta de votação e lembrou que, até o momento, o governador Rollemberg não apresentou nenhuma proposta de melhorias nas empresas estatais do DF. “ Os trabalhadores dessas empresas precisam ser ouvidos. O governador se elegeu com o discurso de ouvir a população do Distrito Federal. Não pode agir de maneira autoritária e irresponsável”, disse Ricardo Vale.

No entendimento do deputado Wasny de Roure, é necessário trabalhar para sanar as empresas estatais. O deputado entende que, mesmo que fosse levado adiante o projeto, não seria o melhor momento já que o mercado está em baixa.

 

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