A história da Articulação de Esquerda é um aspecto da história do próprio PT.
No período 1980-1989, de luta contra a ditadura militar e contra a “transição conservadora para a democracia”, o PT foi hegemonizado por uma tendência denominada Articulação, originalmente denominada Articulação dos 113 (devido a um documento com este número de assinaturas).
No período seguinte (1990-2002), de oposição aos governos neoliberais, há um realinhamento das tendências petistas. Como parte deste realinhamento, ocorre uma cisão na Articulação, surgindo a “Unidade na Luta” e a “Articulação de Esquerda”.
A Articulação de Esquerda foi fundada oficialmente em setembro de 1993. Portanto, em 2012 comemoramos 19 anos de lutas.
Contribuíram para a criação da Articulação de Esquerda:
- Os debates realizados no interior do PT, especialmente no período entre 1990 e 1993, quando se constituíram, em âmbito nacional, inclusive dentro da Articulação dos 113, dois grandes blocos dentro do Partido (os “moderados” e os “radicais”);
- Os debates ocorridos durante o 8º Encontro do PT (agosto de 1993), tanto nos encontros estaduais quanto no encontro nacional. Um marco destes debates foi o lançamento do Manifesto “A hora da verdade”, no dia 4 de fevereiro de 1993.
A Articulação de Esquerda está presente em diversos estados brasileiros. Dirigimos a Secretaria de Relações Internacionais do PT. Atuamos em diversos movimentos sociais (sindical, estudantil, educação, saúde, mulheres, LGBT, portadores de deficiência, combate ao racismo, do campo, etc). Estamos presentes em prefeituras e governos estaduais, temos companheiros no governo federal e parlamentares nos três níveis. Na frente internacional, influenciamos os debates e a construção de alternativas de esquerda, especialmente a latino-americana. Participamos ativamente do PED, em 2001, 2005, 2007 e 2009. Mantemos um jornal mensal, realizamos jornadas semestrais de formação política e buscamos participar do debate de idéias, tanto no PT quanto no conjunto da esquerda brasileira e internacional.
Nosso peso no PT, nos parlamentos, executivos e movimentos sociais é, hoje, proporcionalmente menor do que em 1993, com exceções como a do movimento sindical.
Por outro lado, hoje estamos mais conscientes dos desafios programáticos, estratégicos e táticos da esquerda brasileira e mundial.
Neste cenário, trabalhamos para ampliar nossa força e presença na vida partidária, nas disputas eleitorais, na ação institucional, nas lutas sociais, distintas dimensões da luta de classes.
Isto porque seguimos acreditando que as opções da AE, da esquerda petista, do conjunto do Partido dos Trabalhadores e da esquerda política e social brasileira, bem como dos povos da América Latina, jogam um papel muito importante na luta pelo socialismo.
A Esperança é Vermelha!
Contato:
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