8 de Julho: Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador e da Pesquisadora

Ao longo da história, a ciência tem sido um pilar essencial no desenvolvimento humano. Desde a descoberta das vacinas, que erradicaram doenças mortais, até as inovações tecnológicas que revolucionaram a comunicação e a indústria, a ciência sempre esteve na vanguarda do progresso. No entanto, em tempos recentes, o valor da ciência havia sido ofuscado por outras prioridades políticas e econômicas. A pandemia de COVID-19, porém, resgatou a importância vital da ciência, relembrando à sociedade global o papel insubstituível dos pesquisadores na nossa vida diária.

O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador e da Pesquisadora, celebrado em 8 de julho, é um momento crucial para refletirmos sobre tamanha importância. A pandemia deixou evidente o valor do incentivo à pesquisa científica e à tecnológica. Mais do que uma comemoração, este dia é uma chamada à ação, um convite para que todos reconheçam e valorizem a ciência como o motor do progresso e da inovação.

A ciência nos proporcionou vacinas que salvaram milhões de vidas, tecnologias que conectaram pessoas isoladas e soluções inovadoras para desafios econômicos e ambientais. Contudo, a valorização da ciência deve ir além das crises. Ela deve ser contínua, embasada em um compromisso coletivo de apoio e investimento.

Compromisso do PT e de Lula com a Ciência

Historicamente, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem sido um grande apoiador da ciência no Brasil. Sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, o governo brasileiro implementou diversas iniciativas para fortalecer o setor científico. A reestruturação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), realizada em abril de 2023, é um exemplo deste compromisso. Esta reforma ampliou a participação de representantes do governo e da sociedade civil, revitalizando o Conselho como um órgão essencial para a formulação de políticas nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

Além disso, a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2007, durante o segundo mandato de Lula, incluiu investimentos robustos em infraestrutura científica e tecnológica, facilitando a criação de novas universidades e institutos de pesquisa. Recentemente, a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) foi reforçada para garantir recursos estáveis e suficientes para a pesquisa. Sob a gestão do PT, o fundo tem sido um pilar essencial para o financiamento de projetos inovadores em diversas áreas científicas.

Investimentos Estratégicos e Inovações

Um marco recente foi o lançamento da pedra fundamental do laboratório Orion, no dia 4 de junho, que fará parte do maior complexo de pesquisa científica da América Latina, o Sírius, em Campinas. Este projeto visa reduzir a dependência do Brasil de fabricantes estrangeiros de produtos de saúde, promovendo a autossuficiência no desenvolvimento de vacinas, tratamentos e estratégias contra epidemias.

Além do Orion, o governo Lula reativou investimentos em áreas críticas como a biotecnologia, nanotecnologia e energias renováveis. Em 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou R$ 7,5 bilhões exclusivamente para projetos de inovação, com juros subsidiados. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou que “inovação é risco, você não pode usar uma taxa de juros de mercado”, destacando a importância de condições favoráveis para o avanço tecnológico, durante o lançamento do Orion.

Outro exemplo é o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias nacionais em inteligência artificial. Lula desafiou os cientistas brasileiros a criarem uma ferramenta de IA em língua portuguesa, ressaltando a importância de independência tecnológica. “Se Inteligência Artificial é tão importante, por que a gente fica esperando para copiar o que os Estados Unidos fazem?” questionou Lula, incentivando a inovação local, durante cerimônia de premiação da 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Pública (OBMEP), no Rio de Janeiro, no dia 11 de junho.

Educação e Inclusão como Prioridades

Além dos grandes projetos, há um foco significativo na educação e na inclusão. Em março de 2024, o CNPq, em colaboração com o MCTI e o Ministério das Mulheres, lançou um edital para apoiar o ingresso de meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação. Esta iniciativa visa promover a igualdade de gênero no campo científico e garantir que mais mulheres possam contribuir para o desenvolvimento tecnológico do país.

O governo Lula também sancionou um projeto que cria bolsas de incentivo para estudantes de baixa renda do ensino médio. A proposta visa reduzir a evasão escolar, que atualmente atinge cerca de 500 mil jovens por ano, e incentivar o acesso ao ensino superior. “Não faltará dinheiro para a educação”, afirmou Lula. “A educação é o oxigênio que faltou para o povo brasileiro na época da Covid; a educação é a inteligência que não deixaram o povo adquirir na época da escravidão. A educação é o passaporte que a gente pode garantir para o futuro desse país”, disse o presidente.

Programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni), criado em 2004, têm sido fundamentais para ampliar o acesso ao ensino superior. Este programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas para estudantes de baixa renda, ampliando significativamente o acesso à educação de qualidade.

Desafios Futuros e a Necessidade de Investimentos Contínuos

Os desafios são grandes, mas as oportunidades são igualmente vastas. O presidente Lula incentivou a criação de uma ferramenta de Inteligência Artificial brasileira, desafiando os cientistas a desenvolverem inovações próprias. “Se Inteligência Artificial é tão importante, por que a gente fica esperando para copiar o que os Estados Unidos fazem? Por que a gente fica esperando pra copiar o que o Japão faz?” questionou Lula, enfatizando a necessidade de independência tecnológica.

A reindustrialização do país é outra prioridade, com a ciência, tecnologia e inovação como eixos estruturantes do desenvolvimento nacional. O CCT, reformulado pelo governo Lula, tem como uma de suas principais atribuições a formulação e implementação da política nacional de C,T&I, com foco na reindustrialização. Isso inclui o fortalecimento da produção científica e tecnológica nacional, visando reduzir a dependência de tecnologias importadas e aumentar a competitividade da indústria brasileira.

Além disso, a sustentabilidade é um desafio crítico que o governo Lula está abordando. Projetos de energias renováveis, como a expansão da energia solar e eólica, estão recebendo investimentos significativos. O objetivo é não apenas atender às demandas energéticas do país, mas também contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.

Repatriação de Cientistas e Pesquisadores

Para fortalecer ainda mais a comunidade científica no Brasil, o governo Lula lançou um programa de repatriação de cientistas e pesquisadores que saíram do país. Este programa visa trazer de volta talentos brasileiros que estão atuando no exterior, oferecendo-lhes condições atrativas para continuarem suas pesquisas no Brasil. Este movimento é fundamental para recuperar o tempo perdido durante anos de desinvestimento e para garantir que o país possa usufruir do conhecimento e da experiência adquiridos por esses profissionais no exterior.

O programa oferece incentivos como financiamento de projetos, bolsas de pesquisa, infraestrutura de ponta e parcerias com universidades e institutos de pesquisa. “Precisamos dos nossos cérebros de volta, precisamos da nossa inteligência para construir um Brasil mais forte e inovador”, afirmou Lula. Este esforço de repatriação é parte de uma estratégia mais ampla de valorização e fortalecimento da ciência e tecnologia no Brasil.

O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador e da Pesquisadora é um momento para reconhecer e valorizar o trabalho científico. Em um mundo pós-pandemia, o apoio à ciência é mais crucial do que nunca. O compromisso do PT com o fortalecimento da infraestrutura científica do Brasil, a promoção da educação inclusiva e o incentivo à inovação são passos fundamentais para garantir um futuro de progresso e independência tecnológica. É um compromisso com um Brasil mais forte, autossuficiente e preparado para enfrentar os desafios do futuro.

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