Não baixar a guarda ao fascismo, felicidade pelo reencontro após a vitória do presidente Lula, além de sensação de acolhimento, oportunidade de falar, ser ouvido e apresentar as próprias ideias e propostas.
Essa foi a síntese do entusiasmo e da emoção em mais de 200 militantes petistas que participaram do II Encontro dos Comitês Populares de Luta, cuja recepção foi feita pelos artistas Elení Fagundes e Chico Nogueira.
O evento, que aconteceu no último sábado, na sede da ARUC, no Cruzeiro, foi organizado pelas companheiras Edneide Arruda, Hellen Frida e Leda Gonçalves e pelos companheiros Jacy Afonso e Jorge Streit, membros da Coordenação dos Comitês na Executiva do PT/DF, com apoio do Coletivo de Formação do partido e de um grupo de militantes voluntários.
A companheira Mundinha, representando a Escola Nacional de Formação do PT, garantiu que a formação política dos membros dos Comitês será prioridade.
Direção pela base
Distribuídos em oito grupos de discussão, dirigentes de 80 Comitês atuantes na disputa eleitoral pautaram a necessidade de manter as mobilizações para garantir a posse de Lula, integrar a ação nas ruas e redes, apoiar as medidas do novo governo e dar continuidade ao enfrentamento ao fascismo no DF.
O clima durante os debates, que duraram mais de duas horas, foi de integração, orgulho de ser petista, abertura para construir posições e unidade em torno da importância dos Comitês Populares de Luta do DF nas eleições locais e nacionais.
Nova primavera
Na visão da militância, a mobilização dos Comitês do DF foi decisiva para reduzir a votação de Jair Bolsonaro em relação a 2018 e conquistar mais de 200 mil votos para Lula no segundo turno – uma vitória política nacionalmente reconhecida.
Foram ainda os Comitês que impulsionaram renovações competitivas ao governo do DF, com Leandro Grass, e ao Senado, com Rosilene Corrêa. Assim, a oposição democrática ao governo Ibaneis Rocha também foi uma necessidade destacada.
O presidente do PT e da Federação Brasil da Esperança no DF, Jacy Afonso, ressaltou a importância das discussões em grupo e o envolvimento das bases partidárias. “Pelo que senti no II Encontro, a Copa do Mundo e as festas de fim de ano não vão atrapalhar, mas contribuir com a manutenção do trabalho dos Comitês. A vontade geral é de preparar as ações para o próximo período”.
Algumas questões levantadas foram a organização dos Comitês Populares de Luta na retomada das conferências nacionais e nos comitês estaduais de cultura que Lula prometeu criar. A deputada federal, Erika Kokay, parlamentar histórica do PT/DF reeleita, ressaltou que “Bolsonaro mostrou que não se deve negligenciar o fascismo”.
No final do evento, ao melhor estilo petista, os presentes fizeram uma grande ciranda para celebrar a vitória do presidente Lula.