Na semana marcada pelo Dia Mundial da Alimentação, é necessário abordar um tema que embora seja invisível para o atual presidente da república, é cruelmente palpável para mais de 60 milhões de brasileiros: a fome. O número é resultado do Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado em julho deste ano, que aponta um enorme crescimento da insegurança alimentar entre os anos de 2019 e 2021.
Para o coordenador do setorial de segurança alimentar e nutricional do PT-DF, Daniel Pereira, muitas foram as iniciativas do governo Bolsonaro para aumentar a fome no Brasil.
“Deixou de reajustar o Bolsa Família, restringiu o período de concessão do Auxílio Emergencial e projetou o Auxílio Brasil para durar apenas até o final deste ano, como medida eleitoreira; extinguiu o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) nacional, o que dificultou a articulação da sociedade civil em prol do controle social; deixou os “per capitas” das modalidades e etapas de ensino do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) congelado e acabou de vetar a recuperação de seu poder de compra, o que prejudicou o atendimento da maioria das crianças e jovens brasileiros; no bojo do seu negacionismo, não admitiu também a existência da própria fome. Tudo isso, entre diversos outros fatores, favoreceram o retorno do Brasil, inclusive do DF, ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)”, afirmou.
A coordenadora pedagógica da Escola de Formação da Contag, Raimunda Oliveira, concorda com Daniel e pontua que: “o interesse do governo é de exclusão total. Para ele o povo preto, pobre e periférico nem deveria existir porque é o que ele trata como excrescência da sociedade, então se ele enxerga o povo dessa maneira, mantê-los cada vez mais em uma situação de pobreza, é uma forma de manter cada vez mais distante, apartado dessa sociedade minoritária que o fascismo busca construir”.
Novos caminhos
Quando o presidente Lula assumiu o primeiro mandato, em 2003, afirmou que se todos os brasileiros tivessem direito a três refeições por dia ao fim do seu governo, ele teria cumprido sua missão. E ele cumpriu. Com incentivo ao pequeno e médio agricultor, fortalecimento da merenda escolar e a implementação da maior política de distribuição de renda já implementada no país, Lula tirou o Brasil do mapa da fome.
Agora, quase 10 anos depois, o candidato apresenta 13 propostas para erradicar a fome e a extrema pobreza no Brasil que passam pelo aumento do salário mínimo acima da inflação e o aumento da verba para alimentação escolar mas incluem também o fortalecimento do BPC, a Previdência Rural e Urbana, geração de emprego, dentre outros pontos.
Confira!