Por: Marina Maria
O auditório da CUT-DF ficou lotado de representantes de diversas categorias de trabalhadoras e trabalhadores na manhã dessa quarta-feira (17). Os sindicalistas debateram estratégias de mobilização, diálogo com as bases, construção de agendas e divisão de tarefas para participação ativa na campanha eleitoral que se aproxima a passos rápidos. A prioridade dos dirigentes nos próximos 40 dias é derrotar Bolsonaro e seu projeto político de destruição da classe trabalhadora nas ruas e nas redes.
“É um trabalho difícil, ferrenho, e precisamos dedicar toda a nossa energia a esse processo. Tenham certeza, essa é a mais importante campanha salarial, a mais importante convenção coletiva que vamos firmar pelos próximos quatro anos”, afirmou o presidente do PT-DF, Jacy Afonso. A liderança também destacou a importância dos Comitês Populares de Luta neste processo e convocou os sindicalistas presentes a se organizarem por meio dos comitês de suas categorias, além de realizar atividades diárias até as eleições.
Lados opostos
Além da tarefa de eleger Lula no primeiro turno, a militância do DF tem também o desafio de virar o jogo na disputa pelo Palácio do Buriti – que hoje padece nas mãos do empresariado representado por Ibaneis – e garantir que a mulher eleita para o Senado Federal tenha compromisso com as trabalhadoras, os direitos humanos e com um projeto de desenvolvimento que realmente leve em consideração as necessidades do povo.
Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, destacou a importância das eleições para o GDF e para o senado na luta contra o bolsonarismo, representado por candidatas como Damares Alves e Flávia Arruda, inimigas da classe trabalhadora e dos direitos humanos.
Para a candidata ao Senado, Rosilene Corrêa, apesar dos recursos que os outros candidatos têm, os movimentos sociais e militantes de esquerda possuem um trunfo, que é a capacidade de dialogar diretamente com o povo. “Sabemos da campanha suja que fazem do outro lado, das fake news, dos robôs, mas faremos o bom diálogo, o debate, o enfrentamento”, afirmou.
Rosilene também agradeceu o envolvimento de todos que estão participando da campanha, divulgando as redes, comparecendo às atividades, dentre outras ações. Ao comparar-se com as outras candidatas, a petista foi categórica: “Estamos de lados opostos”.
“Precisamos olhar para todos nós, para as pessoas que estão passando fome, que nesse momento sofrem porque não se alimentaram ontem e nem sabem se vão comer hoje. São 30 milhões de brasileiros nessa situação. É isso o que move a minha caminhada que é nossa, por isso vamos vencer as eleições e Lula vai ser presidente”, garantiu a candidata ao Senado pelo PT-DF.
A deputada Federal Érika Kokay também esteve presente na atividade, além da coordenadora de Mobilização da campanha do Lula, Juvandia Moreira. Após os debates, os sindicalistas estipularam uma série de atividades que vão levar o time de Lula para todos os cantos da capital federal nas próximas semanas.